Como funciona o soft-proofing e porque é tão importante?

O que é o soft-proofing?

O soft-proofing é uma simulação, no ecrã, do aspecto final de uma impressão, tendo em conta:

  • O perfil ICC do papel e impressora usados;
  • As limitações do gamut do suporte de saída;
  • A diferença entre luz emitida (monitor) e reflectida (papel);
  • A intenção de rendering (perceptual, colorimétrica, etc.);
  • A presença ou ausência de cor de fundo do papel.

Em programas como o Adobe Photoshop, Lightroom ou Affinity Photo, o soft-proofing permite-nos visualizar a forma como determinadas cores serão reproduzidas — e ajustar a imagem, se necessário, antes de imprimir.


Porque é tão importante?

1. Evita as maiores surpresas desagradáveis

Permite visualizar, à partida, se certas cores saturadas ou luminosas vão “sair do gamut” e perder detalhe ou intensidade na impressão.

2. Permite ajustes locais informados

Ao identificar zonas críticas, poderá ajustar saturações, contrastes ou tons seletivamente para compensar perdas.

3. Ajuda a escolher o papel certo

Papéis diferentes reproduzem cores de forma diferente. Um papel brilhante terá um gamut mais amplo que um mate, por exemplo. O soft-proofing revela essas diferenças antecipadamente.

4. Facilita a comunicação com a Pigmento

Um(a) artista que tenha activado o soft-proofing com o perfil correto já sabe o que esperar. Isto reduz alterações de última hora, desilusões ou simples surpresas.


Como se faz soft-proofing no Photoshop

  1. Ir a View > Proof Setup > Custom.
  2. Selecionar o perfil ICC do papel pretendido.
  3. Rendering Intent: escolher entre Perceptual ou Relative Colorimetric (com ou sem Black Point Compensation). ++
  4. Activar Simulate Paper Color e Simulate Black Ink.
  5. Usar Gamut Warning (Shift + Ctrl/Cmd + Y) para identificar cores fora do gamut.

  • ++ aconselhamos perceptual com BPC

O que o soft-proofing não consegue simular?

Apesar de extremamente útil, o soft-proofing tem limitações que convém conhecer de antemão:

  • Textura do papel: o ecrã não simula a textura física nem o brilho do papel.
  • Metamerismo: não prevê as variações de cor que ocorrem sob diferentes iluminações (D50, D65, etc.).
  • Reflexo e profundidade: papéis brilhantes ou perolados podem ter reflexos e nuances que não se vêem no monitor.

Conclusão

O soft-proofing não substitui a prova física, mas é uma ferramenta poderosa para garantir consistência, previsibilidade e qualidade. Um(a) artista ou fotógrafo que domina este processo está mais perto de controlar o workflow de criação e apresentação da sua obra impressa.

Na Pigmento Coolectivo, recomendamos vivamente o uso de soft-proofing com os nossos perfis ICC específicos para cada papel. Sempre que possível, oferecemos suporte directo na sua aplicação e leitura.

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